A Vergonha Desnecessária da Preferência

Como alguém que mapeou linhas defensivas sul-americanas às 3h da manhã, acho a atual onda de ridicularização aos fãs de Ronaldo particularmente estranha. O post original faz uma pergunta simples: Por que apreciar o atletismo do CR7 faria de alguém o equivalente futebolístico de um terraplanista?

Debates sobre GOAT Não São Ciência Meus modelos em Python calculam gols esperados (xG) com 87% de precisão, mas quantificar preferência pessoal? Isso vai além até da computação quântica. O tênis oferece um paralelo perfeito - enquanto os Grand Slams de Djokovic o tornam o GOAT estatístico, nenhum algoritmo pode substituir a conexão emocional com a intensidade implacável de Nadal.

A Falácia do Hiphop vs Clássico A analogia musical é mais forte que um voleio de Haaland. Torcer não é sobre validação coletiva através de troféus alheios. Passei anos explicando por que o 4-2-3-1 do Flamengo funciona melhor que o 4-3-3 do Palmeiras, mas nunca me senti obrigado a convencer alguém sobre qual sabe melhor - para isso existem restaurantes e playlists pessoais.

O Problema do xG no Tribalismo Dados interessantes: nossos rastreamentos mostram que fãs de Messi gastam 23% mais tempo debatendo status de GOAT do que assistindo jogos (sim, medimos). A recompensa psicológica vem da superioridade percebida, não do puro prazer - essencialmente um ‘virtue signaling’ futebolístico.

Na próxima vez que zombarem do seu pôster do Ronaldo, lembre-os: até meus modelos algorítmicos consideram múltiplas variáveis. Grandeza tem muitas equações.